segunda-feira, setembro 26, 2005

E o prêmio de "Melhor Customer Service" vai para...certamente NÃO para Paris!

Passei um final de semana muito agradável e passeei por Paris tanto no sábado quanto no domingo. Mas se eu continuar falando só de Paris, vai ser um verdadeiro calvário ler esse blog toda segunda-feira.

Então para colocar um pouco de tempero na história, vou contar pra vocês fatos (REAIS!) que aconteceram nesse sábado.

Peguei o trem depois do almoço decidido a comprar o meu celular. Esta já era a terceira vez que eu tentava obter uma linha, pois sempre faltava algum documento para que a habilitação pudesse ser feita, portanto desta vez fui munido com tudo o que me tinha sido requisitado.

O único problema é que aqui na França a filosofia de “Customer Service” ainda é algo praticamente desconhecido e se o vendedor puder complicar a sua vida ao máximo antes de você adquirir o produto, ele ou ela certamente o fará!

Cheguei na loja, escolhi o meu telefone e me dirigi ao balcão para apresentar os documentos e assinar o contrato. Advinhem?? Lógico que o vendedor tinha que achar um defeito. O cidadão disse que a minha “prova de estudante” não poderia ser em inglês e teria que ser em francês e ainda por cima disse que mesmo assim não tinha certeza se aquilo era o suficiente, pois seria necessário a carteira estudantil da universidade.

Eu só não voei no pescoço da criatura porque não quero ir parar na cadeia, mas faltou muito pouco...no começo eu mantive a calma e tentei explicar que aquele documento era o único que eu tinha e que era o mesmo utilizado pela “Prefecture de Police” para fazer a minha “carte de séjour” (o documento que permite aos estrangeiros morarem legalmente na França), mas isso de nada adiantou e ele me olhava com aquela cara tipo “Ah, vai ser tão legal se eu conseguir fazer com que ele não consiga comprar o telefone...”.

Eu cheguei a ameaçar ir numa outra operadora e o dito cujo nem se abalou (deve ser por causa das leis trabalhistas na França que os funcionários nem se importam caso percam o emprego...). Fato é que eu só consegui habilitar o meu telefone depois de uma discussão feia com o vendedor e a interferência de praticamente todo mundo que estava atendendo na loja naquele momento.

Ok, telefone em mãos, resolvi assistir a missa no sábado à noite na Catedral de Notre Dame e nessa hora me dei conta do privilégio que é estar morando em uma cidade como Paris. E devido às comemorações do ano do Brasil na França, haverá uma série de eventos artísticos na Catedral na próxima semana (concertos, corais, etc.), a começar por uma missa que será celebrada pelo Arcebispo de Paris, Dom André Vingt-Trois juntamente com o Bispo do Rio de Janeiro, Dom Assis Lopes. Nesse dia, uma foto gigante do Cristo Redentor será projetada na fachada da Catedral de Notre Dame.

Ao sair da missa, encontrei com o Mike e a Stacy para irmos jantar junto com a turma de classe do Mike. O jantar estava ótimo – a princípio o lugar parecia uma “furada”, mas confesso que mudei minha opinião depois de poder apreciar melhor o local, as pessoas e a comida (e bom atendimento, coisa rara nessas bandas...). Enfim, jantamos nas margens do Canal de St. Martin, a noite estava agradabilíssima e o pessoal da classe do Mike é super legal.

Mas como nós moramos no subúrbio de Paris, o último trem deixa a cidade por volta das 22:30. Nós saímos do restaurante já eram mais de 22:15 e ainda tínhamos um bom trajeto a percorrer antes de chegar na nossa estação...e então nós corremos...e o Mike e a Stacy riam e eu mandava eles pararem de rir porque eu estava ficando irritado (afinal de contas seriam uns EUR 50 de taxi caso nós perdessemos o trem...).

Chegamos na estação apenas alguns minutos antes do horário e nos dirigimos às catracas. A Stacy passou em uma e eu passei na outra. O Mike veio logo atrás de mim. A roleta girou, mas a porta estava emperrada, o que fez com que eu e o Mike ficássemos espremidos entre a roleta e a porta com o trem quase chegando na estação. Tudo o que a Stacy conseguia fazer do outro lado era rir, porque a situação era no mínimo hilária...enfim, tivemos que pular e “entrar pela saída” e depois parecíamos cegos em tiroteio tentando descobrir em qual plataforma o trem iria chegar.

Moral da história: conseguimos pegar o trem e chegamos são e salvos de volta ao campus sem energia pra mais nada a não ser escovar os dentes e ir pra cama.

5 comentários:

Anônimo disse...

Alan, ao que me parece, Paris não é tão fantástica assim... pelo pouco que passei por aí, e por tudo o que vc diz, o atendimento deixa muito a desejar! assim como aqui em Manaus; só que aqui por incompetência e ignorância, e aí, por má vontade...
Ah, outra coisa, meu irmão, procura não se irritar tanto, geralmente isso não ajuda nas diversas situações... e lembre-se, nada é tão ruim que não possa piorar!
Boa sorte nesta nova etapa, um grande abraço.
Adam.

Anônimo disse...

amigo, tenho uma história muuuito parecida com essa sua, nos trens de Paris. deve ter sido divertidíssimo. são essas as coisas que a gente não esquece de uma viagem... e, quanto ao problema em adquirir um celular, lembre-se: nenhum problema pode ser pior que os que a Brasil Telecom cria...
beijo,
Tati

Anônimo disse...

Alan!!!
Se eu estivesse com você certamente daria na cara daquele PALHAÇO!!

Beijo
Andréa

Anônimo disse...

Alan!!!
Se eu estivesse com você certamente daria na cara daquele PALHAÇO!!

Beijo
Andréa

Anônimo disse...

É...esses povos do hemisfério norte são esquisitos mesmo! uns são mal educados, outros fazem coisas estranhas no cinema e assim por diante...