quarta-feira, maio 31, 2006

Acreditem ou não...

Quero férias! Que saco esse tempo aqui em Paris - ontem e hoje está tão frio que parece que estamos no mês de Janeiro. A temperatura deve ter caído para perto dos 5 graus e a consequência disso é um resfriado que está me deixando sonolento e corpo dolorido. Tudo bem se eu não tivesse que fazer nada, mas tenho projetos a serem concluídos em breve para Multilateral Financing, Marketing Research e Advertising & Promotion.

Isso sem falar que como "Student Representative" do MBA, amanhã participo do juri que vai estabelecer o futuro daqueles que não passaram em uma ou mais matérias no MBA.

Mesmo tendo uma paixão enorme por Paris, ontem na volta pra casa lendo o Financial Times no RER, dei uma paradinha na previsão do tempo e ao observar o resto das capitais, confesso que me bateu uma inveja dos espanhóis - Madri, sol, 29 graus.

sexta-feira, maio 26, 2006

E o MBAT finalmente comecou

O MBAT comecou ontem. Nao conseguirei transmitir por aqui a sensacao de ser a escola a receber 1500 MBA's vindos de todas as partes da Europa. Mas o prazer de tal evento e tao grande quanto o trabalho que ele nos esta gerando.

A organizacao desse evento comecou em setembro do ano passado quando nos comecamos o MBA, mas sao nos 4 dias em que todo esse povo desembarca aqui em Jouy en Josas que o circo pega fogo!

Ontem eu fiz parte do grupo que organizou o check-in - cheguei aqui no campus as 07:45, trabalhei o dia todo recebendo o pessoal e a noite tivemos a festa "ice breaking" com presenca de uma banda daqui de HEC e outra da LBS (London Business School).

Hoje comecaram as competicoes - futebol, pebolim, tenis, rugby, etc, etc...e a noite teremos uma festa/churrasco seguido da competicao de salsa, e a nossa equipe esta treinando faz um tempao, entao grandes chances para HEC.

Trabalhei tambem na venda de mercadorias hoje, tem inclusive uma camiseta com o logo de todas as universidades participantes do evento e cuja renda sera revertida para a Fundacao Gol de Letra ai do Brasil. E amanha veremos o Rai na festa que vai ocorrer em Elysee Montrmartre cujo tema sera "Carnaval em Paris".

E durante esse evento, recebemos aqui Ron Alsop, jornalista do Wall Street Journal, com quem participei de uma mesa redonda junto com outros 4 amigos do MBA, sobre o MBAT e tambem sobre o programa em geral.

Vou ver se consigo as fotos do evento para o proximo posting. Hoje depois da festa/churrasco de logo mais, vou pra casa dormir sem programar o alarme pra amanha, pois estou um bagaco e como bom brasileiro, tenho que estar em forma pra pular carnaval em Montmartre amanha a noite!

domingo, maio 21, 2006

Turista na própria cidade

O bom de morar numa cidade como Paris é que dá pra brincar de turista mesmo morando aqui. Esse final de semana o Vicente, um amigo que trabalha pra Emirates em Dubai, veio me visitar e apesar do tempo esquisito por aqui, passamos dois dias ótimos!

A conversa quando ele chegou aqui foi mais ou menos assim:
Eu: O que você quer fazer?
Ele: Ah, sei lá. Tem alguma coisa em Paris que você esteja com vontade de ver...
Eu: Não...
Ele: Então escolhe algum lugar pra gente ir.
Eu: Já sei. Vamos no La Durée pra comer macarron com sorvete! (Um programa não muito turista e o melhor macarron de Paris. Pra quem não conhece o macarron, é tipo uma bolacha feita com pasta de amêndoas e com algum recheio como chocolate, café, caramelo...uma delícia!)
Ele: Tá, mas mudei de idéia. Faz tempo que não vou à Montmartre, vamos lá?



Se vocês prestarem atenção na construção colorida lá no fundo, trata-se do Centro George Pompidou, que fica ao lado de casa. Quem sabe com um binóculo potente eu não consiga enxergar o meu apartamento lá da Sacre Coeur...




Depois de uma tarde perambulando por Montmartre com os outros milhões de turistas e comendo crepe sentado no meio-fio, jantamos no L'Area, o meu restaurante brasileiro favorito aqui em Paris.

Hoje queríamos assistir Volver do Almodóvar, mas devido à paranóia do Vicente, que queria chegar umas 3 horas antes no aeroporto, resolvemos deixar pra próxima e aproveitamos um lazy Sunday.

Agora tenho que finalizar a minha apresentação sobre o EBRD (European Bank for Reconstruction and Development) amanhã às 09:00.

Antes que eu me esqueça, essa semana seremos os anfitriões de quase 1.500 alunos MBA vindos de toda a Europa para o MBA Tournment, um evento esportivo para alunos MBA feito exclusivamente por HEC. Começa na quinta-feira e vai até o próximo domingo e, segundo os alunos dos anos anteriores, uma experiência fantástica durante o período do MBA.

E esse ano os fundos arrecadados serão doados para a Fundação Gol de Letra e inclusive teremos a presença do Raí na festa principal em Elysée Montmartre no próximo sábado. Detalhes a seguir.

quarta-feira, maio 17, 2006

Virando notícia

Depois de ter escrito um artigo para o MBA Tour, saí em um artigo na revista Hommes et Commerce, uma publicação que circula entre os formandos HEC (alumni) na França e também no resto do mundo.

Para ler o artigo, clique aqui.

O Código Da Vinci


Certamente não foi o meu livro predileto e em termos religiosos, não sei porquê a igreja católica está fazendo tamanho alvoroço por causa da história, uma vez que a mesma está cheia de imperfeições.

Enfim, para entreterimento achei o livro bom e portanto aproveitarei o privilégio de estar na França e irei assistir o filme em première hoje à noite.

Para o resto dos mortais, basta esperar o lançamento mundial na próxima sexta-feira.

sábado, maio 13, 2006

Maria Silvia

Educação de filho é responsabilidade de pai e mãe! Eu admiro muito quando um casal decide ter um filho e um dos dois resolve interromper a carreira, o trabalho ou seja lá o que for para se assegurar de que o filho será bem criado e terá uma boa educação de base.

Meus irmãos e eu não temos do que reclamar. Minha mãe mergulhou de cabeça nessa experiência e esteve sempre ao nosso lado. Reunião de pais do jardim da infância à 8˚ série, Associação de Pais e Mestres na escola, leva-e-traz no curso de inglês, informática, datilografia (não sei se tem alguém muito novo acompanhando o meu blog, mas quando eu fiz o ginásio os trabalhos eram entregues em folha de papel almaço e os mais “chiques” eram digitados em máquina de escrever), piano, etc.

Antes de jogar video game ou sair pra brincar na rua, o dever tinha que ser feito. Uma barra de chocolate era sempre repartida entre todos. Yakult eram dois por semana e cada um administrava sua quota como queria. E do baleiro a gente podia pegar duas balas por dia.

Responsabilidade. Partilha. Administração. Limites.

Exemplos é o que não me faltam de como minha mãe ensinou a mim e aos meus irmãos valores que guardaremos para o resto de nossas vidas!

Eu agradeço minha mãe pela dedicação e presença no meu desenvolvimento e em todas as fases da minha vida.

Hoje me sinto feliz e realizando um sonho de longa data, mas se tiver que dizer o que mais sinto falta do Brasil; não é o arroz e feijão, não é a praia, não é a carne...mas sim a presença mais constante da minha família e dos meus amigos.

Mãe, pena eu não estar aí para dar beijo e um abraço bem apertado e dizer mais uma vez que eu te amo muito...mas acho que a senhora já sabe disso!

sexta-feira, maio 12, 2006

Detalhes que fazem a diferença

Essa semana tive que usar terno, camisa e gravata em três diferentes ocasiões, o que significa que tive que passar três camisas.

Enquanto as estava passando, fiquei lembrando de quando eu morava no Brasil. Sexta-feira cedo eu ia para o escritório já preparado com as coisas para o final de semana em Jundiaí e dentre estas tais “coisas” estava o saco de roupa suja. Domingo eu voltava para São Paulo com o saco de roupa suja vazio e cheio de roupa limpa, cheirosa e passada para a nova semana – como num passe de mágica. Bom, pelo menos pra mim, já pra minha mãe e a Dona Tereza, aí já é outra história.

Eu demoro mais de meia hora para passar uma camisa e como o meu padrão de comparação é a maneira de passar da minha mãe, parece que nunca está bom. E tenho dúvidas se um dia chego lá...

Durante todo esse tempo relativamente ocioso passando camisa, também fiquei visualizando alguns tipos do escritório que costumavam desfilar com as suas “preciosas” camisas cor de laranja, verde limão e outras aberrações do gênero. E se a camisa é dessa cor, vocês não querem nem imaginar o estilo das gravatas! Chega a ser uma falta de respeito ao olho alheio!

Como tínhamos que usar terno, camisa e gravata diariamente; eu não me incomodava em pagar um pouco mais por uma boa camisa, uma vez que ela vai ser lavada várias vezes e se não for de boa qualidade, em questão de semanas a pobre camisa já estará em frangalhos. Mas muita gente parecia não se incomodar muito com o fato da camisa estar amarrotada, a ponta da gravata estar batendo no umbigo, meia branca com terno preto, entre várias outras pérolas.

E teve uma época em que colocarm no painel de recados uns desenhos tipo “Certo e Errado” do que as pessoas podiam e não podiam usar no escritório. Mas o recado foi mais voltado para as mulheres, uma vez que sem a obrigação de usar terno e gravata apareciam praticamente de havaianas no escritório nos dias mais quentes. Há que se concordar que não é porque de uma hora pra outra havaianas se tornaram fashion e são vendidas a EUR 15 aqui na Europa, que isso as qualifica automaticamente para o traje social.

Enfim, pequenos detalhes que fazem uma baita diferença!

domingo, maio 07, 2006

Brunch "Chez Alan"

De um total de seis matérias da primeira fase personalizada do MBA, eu comecei três essa semana:
- Service Operations Management, que trata do gerenciamento na área de serviços.
- Multilateral Financing: sei que falei que não ia escolher nenhuma matéria na área de Finanças, mas faltava uma pra complementar a minha grade horária e acabei optando por essa. Tive a primeira aula essa semana e foi super interessante. O professor parece ter uma vasta experiência e essa matéria complementa todas as outras matérias de finanças que vimos até agora, uma vez que trata de finanças junto ao Banco Mundial, por exemplo.
- Marketing Research, ou pesquisa de marketing.

O bom dessa fase personalizada é que os horários passam a ser bem mais flexíveis e alguns cursos serão concluídos em menos de 15 dias. O nosso professor de "Service Operations Management" vem de Boston para dar essa matéria, então o curso foi condensado em seis aulas de 3 horas durante 12 dias e depois disso, c'est fini.

Isso nos dá mais tempo para focar na busca de estágio, trabalho...ou para planejar as férias de verão, para aqueles que não querem trabalhar.

O tempo aqui em Paris está esquisito esse final de semana. Já esquentou bastante, mas desde ontem o dia está nublado e chuvoso. Então devido às condições climáticas, resolvi ir ao cinema.

Assisti ao filme Transamerica, que trata da história de um transsexual interpretado por Felicity Huffman, a Lynette de Desperate Housewives, que está prestes a fazer a cirurgia para mudar de sexo e descobre que tem um filho. A história parece meio clichê/meio comédia, mas não é. Na realidade é um filme super bem feito e que em momento algum cai no ridículo. Junto com o recém descoberto filho, Bree (Felicity Huffman) faz uma viagem entre Nova York e Los Angeles e a história mostra a evolução do sentimento dos dois e como um passa a se tornar importante na vida do outro. Recomendo.

Tinha combinado ir para um brunch em Montmartre com alguns amigos e mais uma vez por causa do tempo, cancelamos o brunch em Montmartre e decidimos fazê-lo aqui em casa. Pães, geléias, mel, manteiga, ovos mexidos, nhoque ao pesto com parmesão, café, leite, sucos, bombas de café, torta de morango...estou quase sem poder me mexer depois de tanta comida!

Considerando-se que a média de preços de um bom brunch aqui em Paris é de EUR 22, se até o final do MBA eu não tiver uma proposta de emprego, vou começar a servir brunch aqui em casa mesmo.

quarta-feira, maio 03, 2006

A primeira impressão NÃO é a que fica

Em uma conversa com o meu pai algum tempo atrás, nós concordamos que a primeira impressão não é a que fica.

O feriado prolongado em Barcelona foi magnífico e fiquei feliz por ter voltado lá e ter revisto o conceito que tinha dessa cidade cheia de estilo, bela arquitetura, tempo bom, gente descolada de toda a Europa e de todo o mundo. Pelo tanto de gente nas ruas, não acredito que havia um quarto de hotel vazio na cidade.

Saímos de casa um pouco atrasados na sexta-feira para encontrar o RER com um acidente na linha B que leva ao aeroporto, ou seja, a linha estava SUPER congestionada com os trens indo a 5 km/h. Como o Mike consegue ser ainda mais ansioso do que eu, tentei manter a calma ou teríamos um ataque de nervos antes de chegar ao aeroporto. Parecia cena de “Esqueceram de mim” com nós dois correndo para o check-in.

Chegamos em Barcelona por volta das 21:30 e só pelo hotel eu já sabia que a viagem ia ser boa. O hotel Chic & Basic Born abriu há somente 3 semanas e eu posso apostar com quem quiser que esse hotel vai estar em todas as “Hot Lists” no ano que vem. O prédio era um antigo colégio que foi transformado num hotel super moderno. Tudo Os quartos são totalmente brancos e um dos diferenciais do hotel é um esquema de luzes coloridas que você pode trocar no seu quarto através de um controle remoto que te deixam à disposição. Além disso, tem um longe em que você pode petiscar o dia inteiro (incluso na diária, então imagina o prejuízo que eles tiveram com a gente...). Nesse lounge fica uma máquina de café expresso, barras de cereais, frutas, chás, leite, sucos e água.

Agora vamos às ruas de Barcelona. Não sei o que mudou aqui desde a minha primeira visita em 2001, fato é que a alegria de Barcelona não fica dentro, mas fora. Pode ser que a minha expectativa na primeira viagem fosse de uma Europa organizada com prédios bonitinhos, tudo organizado, etc. Barcelona não é assim! Aqui as roupas ficam penduradas nas varandas no amontoado de prédios perto da praia e creio que ao olhar pra isso pela primeira vez eu devo ter pensado “Credo, olha esse monte de prédios caindo aos pedaços e esse monte de roupas pro lado de fora. Será que esses prédios não tem estatuto proibindo os moradores de fazer isso?” e dessa vez eu não pensei nada, me perdi um pouco pelas ruelas perto da praia para observar a variedade de cores nas varandas, divindo espaço com cata-ventos, plantas e outros objetos que parecem colocados ali por um decorador de ambientes.

Mais uma vez revi Gaudí sobre o pretexto de mostrar “La Pedrera”, “La Sagrada Família” e o Parc Guell pro Mike, que visitava a cidade pela primeira vez. Acho sua arquitetura fantástica e dá à cidade um estilo único.

E o tempo também ajudou bastante dessa vez. Ou seja, o programa de todas as tardes era praia! Eu sempre gostei do mar, morando em Paris agora eu dou ainda mais valor para um cochilo na areia. E foi exatamente isso que eu fiz...êta sensação boa!

E através do Henrique, meu amigo ítalo-brasileiro com quem passamos o último Natal, conheci dois dos seus amigos que moram aqui em Barcelona – o Erick e o Diego, que foram super hospitaleiros e nos receberam muitíssimo bem. Uma noite nos levaram para jantar em Sitges, uma cidadezinha litorânea ao lado de Barcelona. Segundo me disseram, o Ronaldinho tem uma casa por lá e a cidade fica super cheia durante a temporada de verão.

A única coisa que ainda não consegui descobrir é se gosto mais de Madri ou de Barcelona...acho que vou ter que continuar viajando para os dois lugares até que o dilema seja resolvido! Se é que um dia ele será...





Casa Batllo de Gaudí no Passeig de Gracia



La Sagrada Familia, atualmente prevista para terminar no ano de 2022




Parc Guell



Os novos amigos Erick (italiano) e Diego (mexicano); eu e o Mike