terça-feira, julho 25, 2006

Pou pourri de Parrí

Faz um certo tempo que eu não escrevo nesse blog, o que é sinal de que tenho andado bem ocupado e muita coisa está acontecendo.

Trabalho – comecei na terça-feira passada. O meu trabalho será um projeto estratégico cujo objetivo final é o aumento nas vendas de quartos de hotéis para os “clientes chave” da CWT. Não vou ficar arriscando colocar muitos detalhes aqui no blog pois trata-se de algo confidencial e por via das dúvidas, melhor não fazer público.

Entretanto o que posso escrever aqui é que eu estou gostando do trabalho até agora. Claro que todo começo é sempre esquisito e eu já tinha me esquecido como a gente fica perdido no meio de tanto jargão que jamais ouviu falar e no meio de tanta gente que eu não tenho noção de quem são e o que fazem. Mas isso deve passar em breve.

Um dos grandes pontos positivos é a comida. Tem dois restaurantes no piso térreo que servem 4 empresas e as refeições são pagas, ou melhor subsidiadas – parte é pago pelo funcionário e parte é pago pela empresa. Porém no meu contrato elas estão incluídas (óbvio, senão deixaria um terço do salário somente para não morrer de fome durante a semana!). Que diferença do bandeijão HEC! Estou comendo entrada, prato principal e sobremesa TODOS os dias e com uma variedade de escolha e qualidade excelentes! Hoje foi melão* com presunto de parma (* e é aquele melão cor de laranja super doce, que a gente não encontra no Brasil e eu sou apaixonado por ele), noodles tailandeses com carne e iogurte de sobremesa (outra mania que agora eu não consigo viver sem).

Outro ponto positivo são as 35 horas semanais - vive la France. Entro no escritório às 09:30 e saio às 17:30 com uma hora de almoço. Se vou conseguir fazer isso sempre, não sei, mas que está no papel e é um direito meu, isso é.

Visitas – o Vicente, amigo que trabalha na Emirates em Dubai, esteve aqui esse último final de semana. Programas não faltaram – restaurante brasileiro, cinema, caminhada nos arredores do Sena, crepe no Quartier Latin e dessa vez ele encasquetou que queria ver a Torre Eiffel brilhando (a última vez foi Montmartre, lembram?), o que acontece de hora em hora, mas como no verão anoitece depois das 22:00, as tais luzes acendem super tarde. Devido a preces de última hora à Sta. Maria das Torres Eiffel, o Vicente aceitou "observar o fenômeno" em frente ao Louvre e nós não tivemos que nos deslocar até o Trocadero de metrô, que aliás está completamente dégueulasse com os 40 graus (ou mais) que fazem lá dentro.

Agora estou me preparando para a visita do Renato, que chegará de Hamburgo na sexta-feira e logo mais chega a Fernanda Veiga, que trabalhou comigo na Maersk Brasil.

Peculiaridades de Paris - Eu sempre comento de algumas peculiaridades daqui de Paris nesse blog, como por exemplo a esquisofrenia do povo que fala sozinho, bate em fantasma e também da última exposição que eu fui no Centro George Pompidou onde tinha a tal sala projetando imagens pornográficas.

A peculiaridade do verão em Paris chama-se “Paris Plage”, que resolvi apelidar de “Piscinon de Ramos”, só que sem o piscinon porque não tem lugar nenhum para nadar! A tal “Paris Plage” não passa de um monte de barraquinhas, bares e restaurantes nas margens do Sena para aqueles que não podem deixar a cidade fingir que estão à beira mar.

E é de graça, o que faz com que toda a população dos arredores de Paris se desloque até aqui para o tal “evento”. A cena só não fica pior porque as margens do Sena são maravilhosas e Paris não tem favelas, mas o amontoado de gente é o mesmo.

Essa outra história não sei se é uma peculiaridade de Paris ou se é uma peculiaridade minha. Fato é que uma senhora de pouco mais de 50 anos sentou-se ao meu lado durante a missa no último domingo e como ela estava sem o folheto, eu dividi o meu com ela. Na final da missa, ela agradeceu por eu ter dividido o folheto e nós saímos juntos da igreja e foi aí que do nada ela perguntou se eu gostaria de ir tomar um café com ela. Eu achei estranho, mas como não tinha nada pra fazer, aceitei. A tal senhora era holandesa e estava de férias na casa do filho aqui em Paris, que a aguardava num café ao lado da igreja.

Uma situação completamente fora do comum. Mas foi engraçado porque nós acabamos até saindo para jantar juntos no domingo e parecia que eu conhecia aquele povo de longa data, devido à maneira como interagimos e conversamos. Bom pra mim, tenho novos amigos na cidade e na Holanda.

E o melhor guardei para o final - o aviso que eu li na academia essa semana: “Proibido treinar trajando fio dental”. Detalhe: o tal aviso estava pregado na porta do vestiário masculino.

Como disse, coisas que só se encontra aqui em Paris!

6 comentários:

RM disse...

hahahahaha! essa do fio dental foi óóóteeeema!!

beijos!

ps: ai esse Renato que não larga Paris... socorro! ;-)

Anônimo disse...

lindas as fotos, divertidíssimas as histórias, Alan!
beijos
Tati

Anônimo disse...

Olá Alan! É a Fer, tudo bem? Que saudades de vc querido!!! Adorei seu blog, aliás as suas escritas são bem engraçadas! Eu estou em Pira nesse momento, mas semana q vem começam as aulas... técnicas cirúrgicas me aguardam.. já pensou?? rs.. querido, sucesso pra vc nessa nova etapa. Te adoro muito! Beijos.

Marlene Maravilha disse...

Alan, parece quadro surrealista.
Gostei demais. Mas o único defeito foi que a tal sra de 50 anos não era eu, era outra! Eu é que queria tomar este café em Paris e comer sanduiche de salame com baguete(que não tem igual no mundo).
Mas já estou mais perto!Me aguardem.
Aproveitem estas barracaquinhas cheias de arte aí do Sena.
Beijinhos para ti e para o Renato.

Anônimo disse...

Ai habibi..
nao acredito que vc esta comendo presunto de parma no bandejao... que sonho... ;-))

beijinhos Ho

RM disse...

ooooooiii!! falei com o Rê!! já sei o que vcs compraram! OBAAA!!!! nos vemos em outubro! ;-)
claro que, se vc quiser me visitar antes, te espero, óbvio!
beijos!!