E elas se foram...

Pois é, as férias acabaram e a Amanda e a Dani se foram...foram e deixaram não só saudades, mas como uma carta linda que eu me deparei quando cheguei no apartamento ontem e chorei muito enquanto lia (isso não se faz!!).

A visita delas foi maravilhosa e eu não poderia ter tido férias melhores. E acho que elas também gostaram!

As aulas recomeçaram ontem com "Financial Markets". Eu, que não sou muito fã de finanças, tenho que tirar o chapéu para o professor, que antes lecionva no MBA da London Business School e aqui em HEC e agora resolveu ficar somente por aqui (afinal de contas ele é francês).

E tenho que confessar que também já estava com saudades de encontrar com os meus amigos e até das aulas. Sei que essa vontade de ter aula novamente vai passar rapidinho assim que a carga de trabalho começar a aumentar novamente, mas até lá eu já estarei pensando em férias de novo (tá vendo, acho que não consigo mais voltar à vida corporativa, esse negócio de ser estudante é super legal!) e assim vai.

Ontem a turma de Janeiro de 2006 chegou. É tão estranho ver como os parâmetros e as coisas na vida mudam...mudam e mudam muito! Eu me lembro do dia em que cheguei aqui (apenas 4 meses atrás) e não conhecia ninguém, cheguei a duvidar da minha decisão de fazer um MBA e mudar radicalmente a fiquei deprimido quando entrei no meu quarto de estudante praticamente vazio. Engraçado foi a sensação de voltar pra cá depois das férias, uma sensação completamente diferente da que tive na minha chegada - a sensação de estar voltando pra casa, de querer rever os amigos, de conhecer o local, de sentir saudades. Nada como o tempo para mudar e renovar coisas, pessoas, pontos de vista.

E para finalizar, vou colocar um poema que eu sei que a Dani adora e que mostra a importância da liberdade e da conquista:

"Goza, a euforia do vôo do anjo perdido em ti.
Não indagues se nossas estradas, tempo e vento, desabam no abismo.

Que sabes tu do fim ?

Se temes que teu mistério seja uma noite, enche-o de estrelas.
Conserva a ilusão de que teu vôo te leva sempre para o mais alto.

No deslumbramento da ascensão
se pressentires que amanhã estarás mudo
esgota, como um pássaro, as canções que tens na garganta.

Canta. Canta para conservar a ilusão de festa e de vitória.

Talvez as canções adormeçam as feras
que esperam devorar o pássaro.

Desde que nasceste não és mais que um vôo no tempo.
Rumo ao céu?

Que importa a rota.

Voa e canta enquanto resistirem as asas”

Menotti Del Picchia