quarta-feira, março 15, 2006

Assalto no trem

Estou em um daquelas semanas em que mal tenho tempo para tomar água, quem dirá para dormir e atualizar o blog. Mas resolvi fazê-lo mesmo assim (mesmo que amanhã tenha uma prova de Finança Corporativa e que já seja quase meia-noite aqui em Paris).

Então vamos para Budapeste...mas a história começou antes da chegada em Budapeste. Estava eu a caminho do aeroporto no RER (trem da região metropolitana de Paris) e dois meninos de uns 15 anos passam com uma prancheta e um papel que parecia pedir assinaturas para fazer sei lá o que para aleijados. Dei uma de “john armless” (joão sem braço) e ignorei os moleques, que ficaram um minuto parado com a prancheta na minha frente.

Lá se foram os meninos. Como a minha mala estava ao lado e o meu sobretudo pendurado nela, resolvi verificar se estava tudo certo e qual não foi a minha surpresa quando notei que o meu telefone celular não estava mais no bolso do sobretudo!

Ah, fiquei furioso! Fui atrás dos tais meninos na hora, que já tinham caminhado para o outro vagão. Cheguei para eles e disse ‘Devolvam já o meu telefone’, a resposta (óbvia) deles ‘Que telefone?’ e eu, ‘Me devolvam agora ou eu chamo a polícia assim que chegarmos no aeroporto’. E lá voltei eu para o outro vagão com o meu telefone na mão. Para vocês verem que tem assalto aqui sim e que isso não é exclusividade da linha de trem Jundiaí – São Paulo.

Agora sim, fui pra Budapeste...fui e adorei a cidade. Linda, encantadora, cheia de charme, apesar da chuva fria e constante que caía na sexta-feira à noite, o que não me impediu de sair.

Na comparação inevitável entre Praga e Budapeste, para um visitante de primeira viagem Praga é como um museu e tem muita coisa pra ver (claro que tudo isso junto com os outros zilhões de turistas que enchem a cidade), já Budapeste é uma cidade onde você se mistura com os húngaros e onde os preços ainda não chegam nem aos pés dos preços europeus. Na realidade acho que comi em Budapeste mais barato do que comeria em São Paulo. E comi muitíssimo bem...mas pra todo mundo que eu falo isso vem a pergunta, ‘mas o que você comeu? goulash?’; não, a cidade está cheia de ótimos restaurantes internacionais e modernos – sábado comi num restaurante que se chama Cyrano, onde pude degustar o melhor salmão da minha vida, servido com um risoto de radichio com nozes e pignoles por cima. Em outro restaurante belga que eu não me lembro o nome, comi frango grelhado com molho de cerejas e no sábado à noite fui no Soul Café onde comi um bife grelhado com um molho que estava digno de carne brasileira.

E entre uma refeição e outra andei bastante pela cidade e visitei os principais monumentos tanto de Buda quanto de Peste, separadas pelo Danúbio. O que mais me impressionou foi a Basílica de São Estevão, imensa e majestosa, onde fica em exposição permanente uma relíquia sagrada com a mão de São Estevão.

Agora outro capítulo a parte são as termas – eu fiquei no Hotel Gellert, onde fica exatamente uma das termas mais famosas de Budapeste (clique aqui para ver foto do hotel), então tudo o que tinha que fazer era colocar o meu robe, descer o elevador e pronto, chegava num complexo cheio de piscinas quentes, saunas, salas de massagens, etc. Ou seja, final de semana perfeito – passeio, mordomia e comida boa.

De volta à realidade, agora preciso ir dormir, caso contrário amanhã não levanto para ir à aula. Colocarei as fotos outro dia.

7 comentários:

Renato disse...

Adorei esse seu post. Da violencia urbana ao glamour :-)
Espero as fotos.
Abracao

Anônimo disse...

Up. grade para jundiaí,quanto ao seu site da universidade não consegui abrir, me diga o que tem que fazer gracias beijos

Anônimo disse...

esqueci de dizer que agora eu tenho email lavai
maria silvia@sajotur.com.br

Anônimo disse...

John Armless!!! Só você mesmo. Adorei a sua descrição de Budapeste mas, a criança não se aguenta tem que por uma fotinho do hotel!!!!
E a prova como foi?

Um beijo

Anônimo disse...

É, Alan, a diferença é que lá os meninos te devolveram o celular, né?
beijinho, e se cuide!
Tati

Anônimo disse...

Ai Queris, essas coisas só acontecem com vc mesmo...eu até imagino a cena do trem!!! Eu e a Miroca estamos rindo até agora...rsrsrsrsrsrsrs.
Ainda bem que aí em Paris as crianças não andam armadas!!!
Pelo visto Budapeste é bem interessante.
Bjs.

Anônimo disse...

É, Quéris, eu não costumo fazer comentários, mas desta vez não tem jeito... pela simplicidade das viagens que vc anda fazendo, e pela variedade de pratos e restaurantes mencionados,dá pra notar que os estudantes daí não levam uma vida tão apertada quanto se imagina! Ah, agora essa história assalto é brincadeira, hein! parece até que os moleques quiseram zuar com a tua cara... um grande abraço.